Histórico do Curso de Jornalismo
Criado em 1985 mas efetivamente implantado em 1989, ele é o primeiro curso de Jornalismo do estado de Mato Grosso do Sul. A primeira iniciativa organizada para a criação e implantação do Curso de Jornalismo, inicialmente denominado Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo, na UFMS ocorreu em 1981 quando o recém-criado Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso do Sul deliberou, em assembleia geral, que a criação do curso seria uma das principais bandeiras de luta da categoria. A partir da formalização do pedido a UFMS, muitas adversidades foram enfrentadas, mas após um processo de mais de quatro anos o movimento passou a contar com o engajamento significativo dos integrantes da categoria, estudantes, empresários e até do governo do Estado. Criado em 24 de Outubro de 1985, o Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo da UFMS realizou o primeiro vestibular em janeiro de 1989 e começou a funcionar no primeiro semestre deste mesmo ano. Coerente com suas origens e seus objetivos, o curso conseguiu desde o início imprimir à sua trajetória pedagógica um compromisso ostensivo e crescente com as particularidades das demandas regionais.
As atividades práticas, laboratoriais e experimentais sempre foram, desde o início, um dos principais objetivos e um dos pontos de apoio do diferencial qualitativo alcançado pelo curso da UFMS. Tendo como resultados pedagógicos o jornal Projétil, produções em telejornalismo, fotojornalismo e radiojornalismo. O jornal Projétil, por exemplo, atividade laboratorial de jornalismo impresso, começou a circular já no segundo ano de funcionamento do curso, com liberdade editorial e pautas voltadas para o esclarecimento das mais diversas variáveis da realidade regional. Da mesma forma procuram enfocar os temas em pauta no dia a dia da imprensa local as atividades laboratoriais de telejornalismo, fotojornalismo e radiojornalismo, desenvolvidas também desde o início do curso. O curso de Comunicação Social/Jornalismo teve importante participação tanto na implantação quanto na manutenção da programação da TV Universitária (TVU), canal fechado de televisão a serviço das universidades locais. Desde o início a realização dos Projetos Experimentais demonstra a integração entre teoria e prática. São cerca de 400 trabalhos entre livros-reportagem, produções de vídeo, programas de rádio, revistas impressas e eletrônicas, sites, reportagens fotográficas, monografias e projetos de comunicação institucional de relevância e grande contribuição à investigação jornalística. Com isso, procura-se garantir aos acadêmicos conhecimentos teóricos e práticos necessários para o exercício da profissão de jornalista nas diversas modalidades, com nítida orientação humanista e compromisso permanente com a afirmação dos direitos e deveres da cidadania, conforme as concepções de caráter universal e no contexto das particularidades regionais.
Os egressos do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo implementaram a profissionalização do mercado de trabalho e também constituíram o corpo docente dos novos cursos de Jornalismo em outras instituições de ensino superior na região. Criado inicialmente para atender uma demanda de qualificação do mercado de trabalho, atualmente o curso promove ações e projetos para o desenvolvimento profissional por meio da pesquisa acadêmica com o objetivo de qualificar a área do conhecimento, ou seja, o Jornalismo. Nesse sentido, o curso ofereceu a estrutura física e de corpo docente para a criação do Mestrado em Comunicação da instituição, programa iniciado em 2011 como pioneiro no Mato Grosso do Sul.
Passados 25 anos de sua criação, o antigo Curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo passa a se chamar apenas “Curso de Jornalismo” como forma de sintonizar-se com as diretrizes curriculares implementadas pelo Ministério da Educação para a área. Busca-se, assim, a também sintonia com o estado da arte e com a evolução do campo acadêmico, bem como do próprio campo profissional – uma vez que Jornalismo requer reflexões específicas sobre suas particularidades enquanto campo do saber e enquanto campo profissional muitas vezes não contempladas pela visão generalista do campo da Comunicação polivalente, tal como está descrito e justificado no documento final das Novas Diretrizes Curriculares.