Projetos de Pesquisa do Curso de Jornalismo
Alfabetização Midiática no contexto do Ensino Superior
COORDENAÇÃO | Drª Rose Mara Pinheiro
RESUMO | A presente pesquisa pretende refletir sobre a apropriação dos meios de comunicação e as diversas plataformas digitais no ensino superior, tanto por docentes, quanto por estudantes, num esforço de entender como a instituição federal de ensino superior tem inserido as relações entre Comunicação e Educação na sua prática em sala de aula e fora dela. A interação com a escola básica e também com os veículos institucionais, e suas áreas de comunicação, também serão investigadas. As transformações do jornalismo, da tecnologia, das redes digitais e sociais são desafios para a sociedade contemporânea e estão presentes na disseminação de disseminação de notícias fraudulentas e as universidades devem exercer um papel fundamental e protagonista para assegurar uma prática dialógica, participativa e propositiva, no âmbito da alfabetização midiática, informacional e inclusiva.
Combate à desinformação em âmbito local: protocolo de checagem de fatos e o contrafluxo informacional
COORDENAÇÃO | Drª Taís Marina T Fenelon
RESUMO |As informações falsas que circulam na internet vem trazendo inúmeros problemas à sociedade do século XXI, pois ao invés das pessoas estarem se informando com conteúdos reais, acabam consumindo fatos inventados, distorcidos, manipulados e disseminados, especialmente, em redes sociais e aplicativos de mensagens. Esta pesquisa tem como objetivo contribuir no enfrentamento à desinformação que circula nas redes sociais criando um protocolo de checagem de fatos em âmbito regional. A partir da criação da Agência Veracidade (@agenciaveracidade), no Instagram em 2023, percebeu-se a importância do trabalho das agências de checagem de fatos e da urgente necessidade de se criar um protocolo de checagem de fatos para estimular esta prática em âmbito acadêmico e de mercado. O projeto além de produzir conteúdo atuando no combate à desinformação, também visa a criação de espaços de debate e aprendizagem teórico-prática para estudantes de graduação e pós-graduação para uma formação mais sólida e atenta aos procedimentos de apuração e checagem jornalística. Pretende-se compreender a atuação das agências de checagem de fatos nacionais e definir um protocolo específico de atuação da agência de checagem regional utilizando-se da experiência da Veracidade.
Combate à desinformação e fake news: agência regional de checagem de fatos e produção de jornalismo científico
COORDENAÇÃO | Drª Taís Marina T Fenelon
RESUMO | Com o objetivo de enfrentar a desinformação e contribuir para a divulgação de informações apuradas sobre Ciência e Tecnologia (C&T), seguindo os preceitos do Jornalismo Científico, esta proposta visa o desenvolvimento de uma agência laboratorial de checagem de fatos do curso de jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no Instagram (@agenciaveracidade), onde explora a alfabetização midiática. Com a circulação de desinformação em escala ciclópica nas plataformas digitais, a agência foi criada com o objetivo de se contrapor à desordem informacional em âmbito regional, além de criar espaços de debate e aprendizagem teórico-prático de estudantes universitários para uma formação sólida e atenta aos procedimentos jornalísticos.
Comunicação e Mobilização dos Movimentos Sociais em Rede: experiências jornalísticas socioambientais e feministas
COORDENAÇÃO | Drª Katarini Miguel
RESUMO | Nosso projeto consiste em uma ampliação e desdobramentos das pesquisas realizadas desde 2014. Nesta fase, buscamos dimensionar a expressão comunicativa dos movimentos sociais em rede, no sentido de alcançar os recursos tecnológicos utilizados, as estratégias ativistas e discursivas, a estética predominante e, sobretudo, as práticas jornalísticas empregadas e como ressignificam os preceitos convencionais do jornalismo em um cenário de múltiplas narrativas de diferentes atores sociais. Nesse sentido, ao longo das atividades, pretendemos: 1) consolidar conceitos teóricos sobre movimentos sociais e ativismos midiáticos (ciberativismo, midialivrismo, mídia multidão), com a publicação de diretrizes para entender esses novos compostos no campo científico do jornalismo. 2) Levantar e ampliar as iniciativas de comunicação de grupos ambientalistas, investigações já em curso, e diagnosticar o jornalismo com perspectiva de gênero, para a composição de um mapa do midiativismo socioambiental e feminista. 3) E, por fim, analisar produções específicas desses grupos para entender as marcas de apuração e composição dos conteúdos pretensamente jornalístico.
Juventude e Usos Sociais das Mídias: o consumo de mídias em Mato Grosso do Sul
COORDENAÇÃO | Drª Márcia Gomes
RESUMO |Em um contexto em que a importância das mídias tem destaque para a formação das diversas atividades laborais, esta pesquisa aborda os usos sociais das mídias dos jovens sul-mato-grossenses, sobretudo entre aqueles que estão cursando o ensino médio e a universidade, para entender como se dá a inserção dos meios de comunicação, das plataformas e dos aplicativos midiáticos em suas rotinas pessoais e de formação profissional. Este projeto dá continuidade a um projeto anterior, com dados sobre o uso das mídias coletados em novembro de 2017 e de 2019, essa última na véspera da pandemia. Esta etapa visa observar se houve uma alteração longitudinal nos usos feitos localmente, e se esse período de contatos e de ensino remoto impactou os usos feitos das mídias sociais e sua presença no cotidiano dos jovens de 16 a 24 anos de idade. Os dados coletados possibilitam identificar as alterações de uso, tanto pelo desenvolvimento tecnológico recente e o incremento da oferta de mídias, quanto pela experiência de terem passado dois anos submetidos ao ensino remoto e às regras de isolamento social.
Perfil da pequena imprensa de Mato Grosso do Sul
COORDENAÇÃO | Dr. Mário Luiz Fernandes
RESUMO | O projeto de pesquisa Perfil da pequena imprensa de Mato Grosso do Sul visa identificar os pequenos jornais em circulação no estado e traçar o perfil destes veículos quanto a sua estrutura empresarial e editorial. Esse perfil tem como ponto de partida dois eixos centrais: 1) De ordem estrutural empresarial-editorial ? a) apurar o número de pequenos jornais existentes no estado; b) levantar qual a estrutura da pequena empresa jornalística; b) identificar as características do produto jornal; c) traçar o perfil de seus jornalistas; d) identificar o perfil dos empresários do setor; 2) De ordem conjuntural ? a) avaliar o índice de crescimento destes veículos; b) identificar os fatores sócio-econômicos e tecnológicos que contribuíram para este desempenho. Tem como base teórico-metodológica a hipótese de newsmaking. Será realizada pesquisa de campo com empresários e jornalistas do setor, através de questionários com perguntas abertas e fechadas. A meta inicial da amostragem aleatória é pesquisar 50% (60) das 120 empresas jornalísticas (estimativa) existentes no estado.
O processo de migração das emissoras AM para FM em Mato Grosso do Sul: impactos e contextos regionais
COORDENAÇÃO | Drª Daniela Ota
RESUMO | O projeto tem como objetivo analisar as formas de produção em radiojornalismo em nível local e regional, após a migração das emissoras AM para FM. O rádio AM foi o primeiro meio de comunicação de massa e não se distinguia apenas enquanto abrangência, alcance de propagação, mas também por primar pelo conteúdo jornalístico e esportivo, e pela linguagem mais próxima dos ouvintes. Por meio de estudo comparado e da aplicação de entrevistas em profundidade pretendemos avaliar os impactos e desafios dessa migração frente a convergência tecnológica e frente aos desafios que os proprietários das emissoras irão enfrentar como custo, público/ouvintes, programação, entre outros.
Estudo comparativo Espanha e Brasil em portais de notícias de referência: análise e aplicação do protocolo de qualidade para conteúdos em ciberjornalismo
COORDENAÇÃO | Dr. Gerson Martins
RESUMO |O projeto objetiva aplicar o Protocolo de Qualidade desenvolvido pelo Laicom / UAB, Barcelona, em quatro cibermeios jornalísticos de referência na Espanha e no Brasil, quais sejam El País e La Vanguardia (Espanha) e Folha de S.Paulo e G1 (Brasil) e estabelecer uma comparação na qualidade do tratamento da informação na portada dos cibermeios escolhidos e na notícia de preferência do leitor, em procedimentos de teste. A pesquisa utiliza da metodologia de aplicação qualitativa desenvolvida pelos pesquisadores do Laicom, Angel Rodriguez Bravo e Norminanda Montoya denominada Protocolo EVA.
Comunicação, história e memória: produções da cultura no jornalismo
COORDENAÇÃO | Dr. Felipe Quintino
RESUMO | O projeto de pesquisa busca compreender as dinâmicas e caminhos das produções da cultura na imprensa de Mato Grosso do Sul. A partir das interações de metodologias e de reflexões teóricas dos campos da comunicação e da história, a perspectiva central do estudo leva em consideração o papel do jornalismo cultural em Campo Grande como espaço de construção das memórias sobre a cidade, nas tensões entre as lembranças e esquecimentos em relação aos temas, personagens e trajetórias que marcaram a vida cultural. Os jornais Correio do Estado e O Estado MS foram escolhidos como fontes de pesquisa. Além do mapeamento e da análise dos textos, outra frente de trabalho será a realização de entrevistas com jornalistas que atuaram nesses dois periódicos, na editoria de cultura. Organizado em um enfoque transdisciplinar, o projeto pretende aproximar os percursos da comunicação de uma história cultural pelo entendimento que proporcionará um diálogo efetivo para a leitura do cenário vigente, dos textos (e contextos) produzidos e dos processos comunicacionais.
Pensar visual: interseções possíveis entre o Jornalismo e o Design da Informação
COORDENAÇÃO | Drª Rafaella Lopes Pereira Peres
RESUMO |Esforço contínuo de reflexão sobre a prática do Design da Informação em sua intersecção com o Jornalismo. Objetiva promover o pensar visual a partir de referências teóricas e atividades experimentais, incentivando um aprofundamento teórico e analítico, especialmente na graduação, no desenvolvimento de produções jornalísticas adequadas, sejam elas produções sintéticas (infográficos simples, conteúdos únicos, posts em redes sociais) e/ou complexas (em publicações periódicas mais densas, trabalhos experimentais mais complexos, entre outros). O uso de recursos visuais nas páginas de publicações jornalísticas, historicamente, impacta a cultura profissional, assim como o reconhecimento da visualidade enquanto elemento informativo. Deste modo, a/o jornalista passa a atuar como uma/um profissional que deve elaborar o conteúdo ciente das múltiplas possibilidades de apresentação visual das informações. A noção de que a ‘forma da informação’ – a visualidade em si – é o que conduz a informação e permite o acesso à notícia promove uma grande mudança na tradição verbal do jornalismo. Assim, na relação cada vez mais intrincada entre verbo e imagem, tendo o conteúdo um peso importante (a mensagem que se pretende transmitir continua sendo a personagem principal), forma e conteúdo são um ‘todo’ – o verbo, a imagem, a maneira como são apresentados, a relação entre os elementos da página e/ou da tela, entre outros –, gerador de uma visualidade que constitui a mensagem jornalística e o acesso a ela. Forma é também conteúdo. Este projeto, portanto, por meio de levantamentos bibliográficos, leituras e discussões, pretende promover a reflexão sobre o processo de produção jornalística. A análise de materiais produzidos por equipes multidisciplinares (com profissionais do Jornalismo e do Design) proporciona um conhecimento minucioso dos elementos compositivos e das ações conjuntas necessárias para a produção de mensagens adequadas. De um modo geral, o incentivo ao estudo e à observação crítico-analítica tem papel importante no processo de formação de futuros jornalistas e da sociedade como um todo.
Cotidiano e Estética Jornalística: A Contribuição da Sociologia das Formas para as Teorias do Jornalismo
COORDENAÇÃO | Dr. Marcos Paulo da Silva
RESUMO | O projeto de pesquisa objetiva a sistematização das principais contribuições conceituais e metodológicas da tradição teórica da sociologia das formas literárias para a ampliação de compreensão das Teorias do Jornalismo. Busca, assim, o mapeamento tanto de autores e de obras vinculados à tradição teórica da sociologia das formas literárias que possam contribuir com seus pressupostos conceituais e metodológicos para os estudos teóricos em Jornalismo – em especial a contribuição do crítico literário italiano Franco Moretti –, quanto, em sentido contrário, o mapeamento de autores e de obras vinculados aos estudos teóricos do Jornalismo que forneçam subsídios teórico-conceituais e metodológicos em diálogo com os pressupostos da sociologia das formas literárias. Espera-se que tal sistematização resulte no levantamento e no aprimoramento de hipóteses e de pressupostos das teorias literárias que contribuam para a complexificação dos estudos teóricos em Jornalismo por intermédio das dimensões constitutivas da vida cotidiana, colaborando para o avanço do estado da arte do campo, bem como em aplicações empíricas calcadas no campo jornalístico, em particular a partir de estudos devotados ao universo dos meios de comunicação localizados nas particularidades socioculturais e nas identidades regionais de Mato Grosso do Sul.
Que ciência é a comunicação? Um estudo de caso sobre a ciência da comunicação
COORDENAÇÃO | Ms. Alfredo Lanari de Aragão
RESUMO |A preocupação com as bases epistemológicas é tema recorrente e motivo de amplas discussões que persistem até os dias de hoje sem alcançar um consenso no domínio da comunicação. Se, por um lado, esta situação é responsável pela riqueza e variedade de perspectivas próprias do campo, por outro, também é a razão da inquietação relativa à unidade e à identidade da área que instiga ao constante debate. Na ausência de uma ciência que tenha por objeto a própria comunicação como fenômeno empírico, o que existe de fato é apenas uma ciência da comunicação social que, dentre todas as ciências acerca da comunicação, é a que possui o maior grau de afinidade e/ou proximidade com o fenômeno da comunicação, adquirindo, por esta razão, o status de ciência da comunicação. O fato de existirem diversas ciências que se interessam pela comunicação é significativo, evidenciando tanto a abrangência quanto a importância e a necessidade de uma teoria própria do fenômeno da comunicação que possa, inclusive, contribuir substancialmente para o progresso destas ciências. Assim sendo, propomos uma pesquisa em duas etapas – uma descritiva e outra exploratória – em torno do tema de uma possível ciência que tenha por objeto o fenômeno empírico da comunicação. Em relação ao aspecto descritivo, buscamos a solução para o problema relacionado com a formação e a identidade de uma ciência em que o fenômeno empírico da comunicação constitui o objeto de investigação central. Enquanto que no aspecto exploratório interessa-nos a elaboração de uma teoria específica da comunicação como fenômeno empírico bem caracterizado.
Usos e funções de iconografias em relatos jornalísticos
COORDENAÇÃO | Dr. Silvio da Costa Pereira
RESUMO | O projeto irá mapear e analisar iconografias de uso jornalístico, bem como suas funções nos relatos a partir do ponto de vista do receptor. O mapeamento utilizará uma metodologia extensiva (aberto a diversos veículos, tanto de modo aleatório quanto sugerido) e outra intensiva (focado em alguns veículos específicos, com observações regulares e sistemáticas), que se complementarão. As iconografias, gêneros e formatos encontrados serão descritos e analisados. Em uma segunda etapa serão realizadas pesquisas de recepção com usuários dos relatos, em estratos a serem definidos. Esta etapa busca analisar o papel desempenhado pelas iconografias na leitura e compreensão dos relatos, dentro dos gêneros e formatos onde elas foram empregadas.
Juventude e Consumo Midiático
COORDENAÇÃO | Dra. Laura Seligman
RESUMO |Investiga outras formas de comunicação, educação, interação, informação e entretenimento, que engloba outras, sendo: A promoção do riso online: fatores de engajamento e popularização do TikTok; Mulher, corpo, identidade e representações das campeãs do TikTok; Sem giz e com dança: o uso do TikTok para uma educação complementar além da sala de aula; Interação online, agressão verbal e o (não) debate público – o comportamento dos leitores do g1 no Facebook; Divulgação científica em mídias sociais – o potencial inexplorado do TikTok ao levar conhecimento para fora dos laboratórios; Ativismo indígena nas mídias sociais; Gêneros e formatos de vídeos jornalísticos no TikTok.